Firmina - Prefeitura de São José dos Campos (SP) censura livro sobre mulheres na ciência
Oi, pessoal, tudo bem? Ainda nos restabelecendo do fatídico mês de maio, voltamos com a Firmina. Hoje a gente quer chamar a atenção pra falta de regulamentação sobre censura no Brasil. Não é possível que sejam permitidos esses casos de censura que pipocam em cidades do país todo por obra de políticos. É ano eleitoral, isso ainda vai acontecer mais vezes. A censura é inconstitucional e em plena democracia não temos esse direito garantido.
Um abraço,
Thaís Seganfredo
editora
Liberdade educacional
A pré-campanha eleitoral segue a todo vapor. Nesta semana, o prefeito de São José dos Campos mandou retirar das salas de leitura de escolas da cidade o livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”. A censura ocorreu após o vídeo de um vereador que atacou a obra nas redes sociais pois trazer um perfil sobre Marielle Franco e também um artigo da pesquisadora Débora Diniz sobre aborto. (Revista Fórum)
Uma professora foi detida no Rio de Janeiro após cometer racismo contra uma aluna. A mãe da vítima contou que ela teria dito que a aluna tem “cabelo duro” e “fuma crack”. A docente foi afastada de suas funções e indiciada por injúria racial. (Folha)
A Agência Brasil ouviu relatos de pais de alunas que sofreram racismo no Rio de Janeiro. Uma das vítimas chegou a relatar que não quer mais ir à escola após ter sofrido a violência. “Eu preciso transferir ela, para que possa focar nos estudos e tentar esquecer o que passou. Sei que não vai ser fácil, a gente vai tentar um acompanhamento médico, um psicólogo fora da escola, porque ela não quer mais estar ali”, diz a mãe.
Quando a gente pensa na Lei Federal 10.639 e em antirracismo nas escolas, a gente logo pensa em escolas públicas. A educadora Luana Tolentino escreve no Alma Preta sobre a importância do tema também ser assegurado nas escolas privadas.
Liberdade religiosa
Dois homens foram denunciados pelo MPF por racismo religioso no município de Brumado (BA). Um dos homens é Policial Militar. O Brasil de Fato conta que eles teriam invadido o Centro Cultural Castelo Alto de Xangô e proferido palavras racistas. O caso ocorreu em 2022, e veio à tona após a denúncia do MPF.
O aquário que cerca a escultura em homenagem à Iemanjá negra recém-inaugurada em Teresina (PI) foi vandalizado no início de junho. Ao Alma Preta, o o cofundador e coordenador da Povos de Terreiros do Piauí e a Articulação Nacional de Povos de Matriz Africanas e Ameríndia (ANPMA), Pai Rondinele de Oxum, contou que “a gente nunca sabe quem é o culpado. É feito toda a perícia, mas os inquéritos são finalizados e arquivados, sem de fato identificarem um culpado”.
O Desenrola e Não me Enrola conversou com Baba Egbe Felipe Brito, que falou sobre as relações entre a preservação ambiental e as religiões de matrizes africanas.
Paris, capital da França, recebe este mês a exposição “Ecos dos Orixás: conectando mundos por meio da arte e do diálogo". (Uol)
Liberdade artística
Ouvimos pareceristas do setor cultural. Eles denunciaram ao Nonada atrasos nos pagamentos, prazos impossíveis, precarização e falta de suporte para atuar na Lei Paulo Gustavo e demais editais de cultura.
80 anos de Chico Buarque, um dos símbolos da luta pela liberdade artística no país! O Nexo preparou um quiz sobre a carreira do músico.