Firmina - Como as Escolas Vivas fortalecem saberes e culturas ancestrais na educação indígena
Oi, pessoal, tudo bem? Semana cheia de novidades por aqui, nossa equipe fixa de Porto Alegre acaba de receber dois novos integrantes: o Alexandre e o Pedro Henrique, novos estagiários de jornalismo. Bem-vindos!
Nosso destaque da semana é uma matéria da Nicoly Ambrosio, correspondente do Nonada em Manaus, sobre as Escolas Vivas, metodologia criada pela educadora Cristine Takuá e aplicada em cinco pontos educacionais indígenas do país.
Também seguimos cobrindo a censura aos livros no Brasil, e os ataques tiveram repercussão no jornal The Guardian. Hoje a Firmina conta o auxílio primoroso do Pedro.
Um abraço,
Thaís Seganfredo
editora
Liberdade educacional
Através de Escolas Vivas, educadores indígenas buscam fortalecer laços culturais e preservar saberes que têm sido submetidos à violência colonial durante séculos. Para atravessar a perspectiva formal da escola que prioriza letras e números, a Escola Viva adentra a floresta e usa plantas, rios, sonhos e atividades do cotidiano como instrumentos pedagógicos que acordam memórias ancestrais. A metodologia é aplicada em cinco escolas de territórios diferentes no país. (Nonada)
Em mais um caso de violência no ambiente escolar, um adolescente de 14 anos anos esfaqueou uma colega pelas costas esta semana em Palhoça (SC) . “Foram achadas anotações em um caderno dele, onde ele falava que não aguentava mais sofrer bullying e racismo nas escolas onde passou”, relata o diretor de polícia da Grande Florianópolis. (CNN Brasil)
Na tentativa de romper com a cadeia da violência, o Porvir destaca a importância de uma aliança entre educação e arte, a fim de propor espaços para que adolescentes possam se expressar e desenvolver o exercício da cidadania.
Liberdade artística
Quem apareceu pelo The Guardian essa semana foi o escritor Jeferson Tenório. O autor, que teve seu livro censurado há pouco tempo em três estados, falou sobre a onda de cerceamento à liberdade de expressão na literatura, que tem atacado em especial temas LGBTQIA+, de gênero e de raça.
A censura ao livro “O Menino Marrom”, de Ziraldo, foi suspensa pela Justiça de Minas Gerais. A Secretaria de Educação da cidade de Conselheiro Lafaiete tinha anunciado a suspensão temporária das atividades relacionadas à obra após pressão de responsáveis, que consideraram o conteúdo da obra “extremamente agressivo”. (Alma Preta)
Em uma entrevista exclusiva ao Nonada, o diretor de Políticas para os Trabalhadores da Cultura do MinC, Deryk Santana, falou sobre direitos trabalhistas dos artistas, a regulamentação das profissões e a importância dos concursos públicos. Ele destacou que a proposta do Novo Estatuto do Trabalho deve conter um capítulo específico sobre os trabalhadores da cultura.
Liberdade religiosa
No Maranhão, a Justiça condenou três líderes religiosos que hostilizaram culto a Ogum. O crime ocorreu em abril de 2022, quando o trio empregou expressões como "o demônio precisa ser varrido da rua" e "vamos expulsar os demônios” em uma manifestação em frente a um terreiro que preparava uma festividade ao orixá Ogum. (UOL)